Enquanto não está disponível entre nós aquela que será, porventura, a mais apetecida novidade introduzida pela nova gama do BMW
Série 1 - a versão de três portas equipada com o motor 120d com 177 cv -, foi já possível efectuar um contacto com a outra variante da família que mais interessará ao consumidor português: a 118d, equipada com a versão menos poderosa do novo motor 2.0 turbodiesel da casa bávara. Em termos de estilo, nada de muito relevante há a salientar, e só mesmo uma observação muito atenta poderá permitir identificar as principais modificações operadas, como sejam as ópticas dianteiras e traseiras ligeiramente redesenhadas, o duplo rim de formato mais arredondado ou a entrada de ar frontal de maiores dimensões. Deste modo, entre aquilo que se vê, a modificação mais notória será a adopção de faróis de nevoeiro dianteiros quadrangulares, por troca com os anteriores, de formato redondo.
Já o que se não vê assume maior relevância no novo 118d, com a generalidade dos melhoramentos operados a terem como principal meta reduzir o consumo e, por consequência, as emissões poluentes, sem perder de vista um superior rendimento e uma maior agrado de utilização. A começar pelo motor, com de filtro de partículas de série, e bastante mais leve do que o anterior, em boa parte devido à adopção de um cárter em alumínio.
Em termos de rendimento, registe-se uma potência de 143 cv (+21 cv do que anteriormente) e um binário máximo de 300 Nm (mais 20 Nm no que no anterior 118 d), valores que asseguram uma velocidade máxima de 210 km/h e uma aceleração 0-100 km/h cumprida em 9,0 segundos (201 km/h e 10,0 segundos no modelo anterior), para um consumo médio de 4,7 l/100 km.
Uma questão de hábito A par do novo motor, uma das principais novidades apresentadas pelo novel 118d é um sistema Start/Stop, que desliga o motor sempre que não é necessário o seu funcionamento (como, por exemplo, num semáforo vermelho), também aqui com o objectivo de diminuir o consumo e as emissões. O funcionamento do sistema (possível de inibir, através de um botão existente na consola) é totalmente automático: basta que a caixa esteja em "ponto-morto" e o pedal de embraiagem liberto; logo que o condutor pressiona o pedal de embraiagem, a unidade motriz é posta automaticamente em marcha.
Refira-se que esta faculdade é automaticamente desactivada sempre que as necessidades de refrigeração do motor desaconselham que o mesmo seja desligado (no arranque a frio, ou quando a temperatura exterior é muito elevada); que a carga da bateria atinge valores demasiado baixos; ou que a temperatura no habitáculo ainda não atingiu o nível definido pelo condutor.
Na prática, a única questão que este sistema levanta, em termos de utilização, é a estranheza que causa no condutor nas primeiras vezes em que este se depara com o facto de o motor se desligar automaticamente. Imperceptível, por seu turno, é outra funcionalidade presente no 118d, e que consiste nas barras transversais existentes atrás da grelha frontal, que se fecham automaticamente sempre que as necessidades de refrigeração da unidade motriz o permitem, de modo a optimizar a aerodinâmica e, com isso, uma vez mais, serem reduzidas consumos e emissões.
De resto, a condução deste modelo é por demais convincente, com o elevado rendimento do motor a garantir prestações dignas de um dos melhores châssis do segmento, por sinal o único com tracção traseira, sinónimo de um veradeiro BMW e de comportamento eficaz e acutilante, sempre conjugado com um elevado nível de conforto. Assim haja desafogo por lidar com uma tabela de preços que se inicia nuns expressivos 36 650 euros.
http://automotor.xl.pt/0607/300.shtm